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Sobre a Engenharia Química e a Indústria Têxtil

A influência da engenharia química no mercado têxtil e na actual realidade têxtil mundial é inegável.

Relativamente àquilo a que se poderá entender por tinturaria, sabe-se que o primeiro corante sintético foi obtido acidentalmente em 1856, numa altura em que estes produtos eram raros e escassos por resultaren de receitas artesanais (ver foto abaixo com exemplo verídico). A revolução vivida neste domínio pode ser percebida se considerarmos que em 1972 apenas meia dúzia dos 3500 corantes comercializados eram naturais. Os restantes surgiram da síntese experimental a partir dos milhões de compostos orgânicos coloridos identificados.

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O contributo da engenharia química, porém, foi sobretudo gritante no âmbito das fibras sintéticas com aplicação têxtil.

Nem todas as fibras sintéticas descobertas tiveram interesse têxtil, por motivos que podem ir das propriedades dos materiais até aos custos de produção. O cloreto de polivinilo (PVC), por exemplo, constitui o exemplo de uma fibra sintética descoberta em 1936 que veio a revelar-se de pequena aplicabilidade têxtil.

Em 1937, Carothers expôs os princípios básicos sobre a estrutura e formação dos polímeros, estabelecendo o fundamento para a descoberta e comercialização de três das fibras sintéticas com interesse têxtil mais importantes dos nossos tempos: nylon (1940), poliester (1941) e acrílico (1945).

Na segunda metade do século XX o crescimento do leque de fibras sintéticas veio responder em larga medida à enorme procura que se verificou no sector, a qual motivou, no ano de 1986, a perda de domínio do algodão enquanto fibra têxtil mais consumida mundialmente.

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Pensando num mundo consumista e em que a oferta de produtos é feita a uma escala global, a capacidade de produzir em larga escala catapultou as fibras sintéticas e consequentemente os Engenheiros Químicos para a liderança da indústria têxtil.